As sensações de pânico são uma resposta natural ao perigo, os ataques de pânico são uma resposta desproporcional relativamente a qualquer perigo real que a pessoa esteja a enfrentar. A pessoa sente uma ansiedade máxima em situações inexplicáveis (medo de perder o controlo, que algo horrível vá acontecer), não reconhecendo os medos que lhes são inerentes.
Causas
Porque surge o ataque de pânico?
O que leva ao aumento da vulnerabilidade fisiológica?
Sintomatologia
O ataque de pânico, também conhecido como crise de ansiedade, é uma reação intensa em cadeia que começa com uma sensação corporal ou um pensamento ameaçador, atingindo um pico dentro de 10 a 15 minutos e diminuindo gradualmente.
Os sintomas variam de pessoa para pessoa e são no mínimo cinco para ser considerado um ataque, incluindo: tremores, calafrios, ondas de calor, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas, tonturas, sensação de desespero, desrealização ou despersonalização. Alguns dos sintomas físicos podem confundir-se com os do enfarte.
Após o primeiro ataque de pânico, as pessoas começam a ficar num estado de hipervigilância constante sobre os seus sintomas físicos e situações que possam considerar como ameaça. Com a repetição dos ataques, as pessoas ficam condicionados a pensamentos/sensações, a locais/situações, que avaliados negativamente representam sinais de perigo iminente:
O aumento da ansiedade subjetiva e as antecipações catastróficas dos sinais de um novo ataque originam comportamentos de fuga e fobias; de lugares/condições difíceis de escapar ou em que não possa receber ajuda imediata; de sair ou ficar sozinho.
Tratamento
O tratamento cognitivo-comportamental dos ataques de pânico visa ajudar as pessoas a lidar com as sensações e o medo traumático resultante do primeiro ataque de pânico. Esta terapia pode modificar ou eliminar padrões de pensamentos que contribuem para os sintomas e, por conseguinte, ajudar a mudar o comportamento. Com esta abordagem, gradualmente, a pessoa começa a dominar os seus medos.
A parte comportamental desta terapia envolve o treino sistemático com técnicas de relaxamento e de exercícios de respiração. Normalmente, quando se entra em pânico, começa-se a hiperventilar (respirar depressa e/ou curto). Quando tal acontece, é importante:
Na terapia de cariz psicodinâmica, o terapeuta e a pessoa trabalham juntos e procuram descobrir conflitos emocionais que possam existir na raiz dos seus problemas e que estão a ser expressos nas crises de pânico.
A pessoa tem de se confrontar com as suas emoções: necessidade total de controlo; sentimento de abandono e isolamento; procura incessante pela proteção; relação de dependência marcada por ansiedade de separação…
A terapia psicodinâmica tem como objetivo conhecer e compreender os conflitos psicológicos subjacentes aos ataques de pânico. Levar o outro a implicar-se no seu sofrimento, a falar, a procurar dar sentido, a partir da sua história, ao que parece não ter sentido. A perder o medo do desconhecido que é seu …